Tendas Ilê:

uma arquitetura humanitária para um mundo em constante migração

  • Maria Clara Barsotti PUC-Rio

Resumo

Conflitos de terra, guerras civis e a fome têm agravado a situação de sem-terra, refugiados e deslocados no mundo e no Brasil. De acordo com relatório da Acnur de 2016, a atual crise humanitária é a mais grave desde a fundação da ONU, em 19451. São mais de 65 milhões de deslocamentos compulsórios no mundo. No Brasil, existem 350 mil famílias vivendo em acampamentos do MST, ou seja, em situação de transitoriedade. Podemos citar ainda no país minorias como os sem-teto e os índios. Esses povos vivem em trânsito constante, seja lutando por melhores condições de vida, seja por sobrevivência.
Foi com base nesse alarmante cenário que as tendas ilê foram concebidas. Projetadas inicialmente para contemplarem os sem-terra, elas também podem ser destinadas aos que hoje são afligidos pela crise migratória do século XXI, abrangendo assim o conceito do “glocal” (TORKINGTON, 2012). Para se adaptar às necessidades dessas pessoas, a tenda é itinerante, leve e educativa – e por isso, ilê. O ilê foi desenvolvido como um espaço polivalente destinado a atividades educativas e sociais, de acordo com as necessidades de cada grupo atingido, podendo ser inserida em acampamentos do MST e campos para refugiados

Publicado
Nov 26, 2019
Como Citar
BARSOTTI, Maria Clara. Tendas Ilê:. Revista Prumo, [S.l.], v. 4, n. 6, nov. 2019. ISSN 2446-7340. Disponível em: <https://periodicos.puc-rio.br/index.php/revistaprumo/article/view/1198>. Acesso em: 23 nov. 2024.