Profundidade: uma dimensão vivida pelo corpo
Resumo
Este artigo discute a profundidade numa direção oposta à sua objetividade. Não se trata de discorrê-la como uma habituada coordenada do espaço ou como um parâmetro referente à extensão espacial. Desdobra-se aqui a profundidade num nível subjetivo: como uma dimensão vivida pelo corpo. À luz da fenomenologia do filósofo Maurice Merleau-Ponty (1908–1961) e de sua análise dos planos pictóricos do artista Paul Cézanne (1938–1906), enunciam-se algumas considerações sobre a existência da profundidade como uma dimensão que estrutura a relação CORPO-ESPAÇO. A profundidade subjetiva se torna potencialidade para a disciplina da arquitetura ao ser responsável pelo engajamento corpóreo.
Palavras-chave: Profundidade; Fenomenologia; Merleau-Ponty; Cézanne; Relação CORPO-ESPAÇO.
Abstract
This article discusses depth in an opposite direction to its objectivity. It is not a matter of discussing it as a familiar coordinate of space or as a parameter referring to spatial extension. In this article, depth is unfolded on a subjective level: as a dimension lived by the body. Based on the phenomenology of the French philosopher Maurice Merleau-Ponty (1908–1961) and on his analysis of the pictorial planes of Paul Cézanne (1938–1906), some considerations are made about the existence of depth as a dimension that structures the body in the space. Subjective depth becomes a potentiality for the discipline of architecture by attributing plasticity to the BODY-SPACE relationship and by being responsible for corporeal engagement.
Keywords: Depth; Phenomenology; Merleau-Ponty; Cézanne; BODY-SPACE relationship