Rio aos pedaços
Resumo
Desde o início da Idade Moderna, a maneira como enxergamos a realidade à nossa volta esteve pautada por uma lógica inevitavelmente contextualista, linear e contínua. Fragmentação e anacronismo são, assim, propriedades inconcebíveis do espaço e do tempo, o que se reflete na maneira como se percebe e se age na cidade. Contudo, autores como Gilles Deleuze e Félix Guattari, Peter Eisenman e Robert Smithson (entre outros e outras), com seus respectivos conceitos de Rizoma, Diagrama e Site/Non-site exploram a potência e as múltiplas possibilidades de um espaço-tempo intermediado pela modernidade. O presente ensaio lança mão desses conceitos com o intuito de fazer emergir uma outra realidade. Para tanto, propõe um grid ficcional como ferramenta que opera sobre a cidade factual do Rio de Janeiro, que assim se transforma em um Rio aos Pedaços.
Palavras-chave: Rio de Janeiro; Rizoma; Diagrama; Grid.
Abstract
Since the beginning of the Modern Age, the way we see the reality around us has been guided by an inevitably contextualist, linear and continuous logic. Fragmentation and anachronism are, therefore, inconceivable properties of both space and time, precluding the way one perceives and acts upon the city. Yet, authors such as Gilles Deleuze and Félix Guattari, Peter Eisenman and Robert Smithson (among others), with their respective concepts of Rhizome, Diagram and Site/Non-site, have explored the power and multiple possibilities of a space-time alien to the modern worldview. This essay makes use of these concepts in order to bring about another reality. To this effect, it proposes a fictional grid that acts upon the factual city of Rio de Janeiro, which becomes a Rio in Pieces.
Keywords: Rio de Janeiro; Rhizome; Diagram; Grid.