Rio de Janeiro Metrópole
Arquitetura e infraestrutura como suportes ao projeto do território
Resumo
Este artigo parte do entendimento do Rio de Janeiro enquanto metrópole plural, porém marcada por grandes desigualdades impostas por dinâmicas urbanas implementadas a partir do fim do século XIX a partes distintas de seu território e vinculadas a variadas representações. Dinâmicas estas relacionadas a paradigmas desenvolvimentistas, expansão e otimização dos tempos de deslocamento, possibilitados por grandes obras infraestruturais. A prática do projeto, em arquitetura e urbanismo, surge, nesse contexto, como atuação capaz de subverter parâmetros e instrumentos promotores de expansão desenfreada, perda de identidade e indefinição formal. Tomam-se as infraestruturas, especialmente de mobilidade, enquanto oportunidade de abordagem ao problema, aptas a amparar e promover preexistências cujas potencialidades podem operar como alternativas ao já saturado e restrito Centro Metropolitano, através da discussão de estratégias projetuais que propiciem lidar com questões físico-espaciais complexas e distintas dos paradigmas tradicionais de arquitetura e urbanismo.
Palavras-chave: Urbanismo, infraestrutura, estratégias projetuais, metrópole, Rio de Janeiro.