A experiência sinodal no Cristianismo antigo dos séculos II ao IV

  • Luiz Antônio Pinheiro PUC Minas / ISTA

Resumo

O Papa Francisco tem insistido na “sinodalidade” como forma concreta de viver os princípios de comunhão, participação, subsidiariedade e corresponsabilidade pastoral hauridos no Concílio Vaticano II (1962-1965). Para viver esta sinodalidade nos dias de hoje, podemos buscar inspiração na tradição sinodal do cristianismo antigo. Um de seus aspectos mais característicos era a preocupação com a comunhão, a busca da unidade da fé e da disciplina entre as numerosas comunidades cristãs, dispersas pelo Império Romano. A realização de sínodos ou concílios foi o caminho encontrado para viver a comunhão entre as Igrejas em âmbito regional, local e universal. O nascimento da praxe sinodal se deu no século II, desenvolveu-se no século III e, ao encontrar a maturidade no início do século IV, desembocou na instituição do concílio ecumênico. Com o Concílio de Niceia abriu-se uma nova etapa na história do cristianismo. Há uma continuidade e descontinuidade entre os concílios desses três séculos e os grandes concílios ecumênicos da antiguidade cristã. Neste artigo queremos dar a conhecer, de maneira panorâmica, a evolução dessa praxe, de raízes evangélicas, destacando uma série de concílios ou sínodos antigos, com suas características, eclesialidade emergente e seu significado para o caminho sinodal da Igreja nos tempos atuais.

Publicado
Dec 28, 2020
Como Citar
PINHEIRO, Luiz Antônio. A experiência sinodal no Cristianismo antigo dos séculos II ao IV. Pesquisas em Teologia, [S.l.], v. 3, n. 6, p. 373-393, dec. 2020. ISSN 2595-9409. Disponível em: <https://periodicos.puc-rio.br/index.php/pesquisasemteologia/article/view/1339>. Acesso em: 20 apr. 2024. doi: http://dx.doi.org/10.46859/PUCRio.Acad.PqTeo.2595-9409.2020v3n6p373.
Seção
Artigos em temas diversos