Concílio Vaticano II
entre a perspectiva sinodal e o esmorecimento do entusiasmo
Resumo
O costume de realizar peregrinações a lugares considerados santos, ou com uma considerável importância para determinado grupo de pessoas, é uma prática desde tempos antigos. Os motivos para empreender uma viagem a tais lugares eram diversos, mas não restam dúvidas de que o teorreligioso estava presente na maioria dos casos. Alguns locais eram destinos certos para aqueles que desejavam fazer uma peregrinação levados pela fé. Jerusalém, por exemplo, sobretudo a partir da liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, no século IV, era um local bastante concorrido e, não por acaso, é o que melhor representa os lugares santos para visitação. Uma das mais antigas peregrinações foi realizada por Jerônimo e Paula, por volta do ano 385. O movimento de peregrinação em si não éo que mais chama a atenção, pois o que merece destaque é o fato da presença de várias mulheres dispostas a percorrer longas e perigosas rotas de viagem. Este artigo irá enfatizar uma peregrinação a Jerusalém, realizada por uma mulher, conhecida como Egéria ou Etéria, em torno dos anos 381-384, quan Tendo completado sessenta anos de aniversário do seu início, em 11 de outubro de 1962, o maior evento eclesial do século XX almeja dar mais um passo na vida da Igreja. Com o Pontificado de Francisco, o Vaticano II entrou numa nova fase de recepção, marcadapela busca da sinodalidade. Entretanto, o Papa enfrenta uma forte oposição dos tradicionalistas e de alguns católicos das novas gerações que não demonstram interesse pelo Concílio. Esta situação coloca o Vaticano II num dilema que pode comprometer o futuro da Igreja, mas, simultaneamente, é uma oportunidade ímpar para estimular a sua redescoberta, especialmente a sua eclesiologia. O conceito Povo de Deus, discernido pelos Padres Conciliares para definir a Igreja, expressa tudo aquilo que é comum a todos osbatizados, sem nenhuma distinção. Aqui, compreende-se que a participação de todos os fiéis na vida eclesial é realizada pela força do batismo, por direito nativo. Portanto, a reflexão e o exercício da sinodalidade só é possível a partir da eclesiologia conciliar. Para tanto, segue-se uma abordagem a partir de obras literárias que têm buscado pautar-se por um foco interdisciplinar e transdisciplinar, possibilitando o diálogo e a construção da sinodalidade entre os saberes e a vida eclesial.do deixou registrado em um diário tudo o que presenciou naquela viagem.