Táticas de reconquista do espaço
o #becomaravilha como construção coletiva de um lugar
Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar uma ação tática de reconquista de um espaço esquecido da cidade do Rio de Janeiro através de uma intervenção realizada por estudantes de Arquitetura, Artes e Design no âmbito da I Oficina de Intervenção Temporária. Questionando sobre o papel do cidadão nas transformações da cidade, a Oficina apresentou as intervenções temporárias e o urbanismo tático como ações bottom-up capazes de transformar gradualmente os espaços públicos. O sítio de atuação foi a Travessa do Liceu, espaço público relegado no recente processo de transformação da frente marítima carioca, localizado na linha divisória entre o Morro da Conceição e a Praça Mauá. A partir das discussões e da imersão na área-objeto de estudo, a intervenção #becomaravilha, construída coletivamente pelos estudantes, ativou esse espaço vazio de uso e de significado, permitindo-o conectar o tecido histórico do morro aos grandes equipamentos da Praça Mauá revitalizada.
Palavras-chave: Urbanismo tático; construção coletiva; Porto Maravilha; Rio de Janeiro.