O tempo do paradoxo
a inovação pela reabilitação
Resumo
Recusando uma ideia relativamente generalizada de que inovar implica fazer de novo, na arquitetura, na engenharia, no ensino, na construção civil, deve-se criar fundamentos e oportunidades para recuperar e reabilitar as cidades portuguesas. A pré-existência deve ser enfrentada como matéria de projeto, terreno de intervenção sobre o qual o arquiteto possa trabalhar – mantendo a coerência formal, compositiva e construtiva do edifício –, e garantindo a integridade das suas estruturas a manter. A reinterpretação deve ser feita de forma crítica e incisiva, aceitando sem receio as sobreposições estilísticas, históricas ou linguísticas que dela possam advir.
Palavras-chave: recuperação, restauro crítico, requalificação, lugar, história.