Dorothy Day, “mística de olhos abertos”
Precursora da espiritualidade laical proposta no espírito do Concílio Vaticano II
DOI:
https://doi.org/10.46859/PUCRio.Acad.PqTeo.2595-9409.2019v2n4p75Palavras-chave:
Dorothy Day, Espiritualidade laical, Militância política, Mística contemporânea, PacifismoResumo
A mística traz solidez à espiritualidade, uma vez que a religião ficou refém da lógica de consumo. Johann Baptist Metz denomina Dorothy Day como a “mística de olhos abertos”, a face política da mística contemporânea. A “mística de olhos abertos” é uma mística inspirada na justiça de Deus que desce e se coloca ao lado do sofredor para salvar o mundo pelo poder da compaixão, solidariedade e comunhão. Ao lado da mística contemporânea está a espiritualidade laical. Sua sistematização acontece com o Concílio Vaticano II (1962-1965) e chega até o Magistério atual com o documento sobre a santidade Gaudete et Exsultate, de 2018, do Papa Francisco. Através de metodologia bibliográfica exploratória, este artigo tem o objetivo de empreender uma reflexão sobre as características e tendências da mística contemporânea no testemunho de Dorothy Day (1897-1980). Além disso, busca-se demonstrar como Day preconiza a espiritualidade laical e a santidade em todas as dimensões da sua vida.