A Contemplação do Criador na grandeza e beleza das Criaturas
Sb 13,5 no contexto da Laudato Sì' 12
DOI:
https://doi.org/10.46859/PUCRio.Acad.PqTeo.2595-9409.2019v2n4p160Palavras-chave:
Livro da Sabedoria, Analogia, Criação, MonoteísmoResumo
Na Introdução da Encíclica Laudato Si’, de modo particular, no n. 12, ao falar da fidelidade de São Francisco à Sagrada Escritura, o Papa evoca dois textos, um do Novo e outro do Primeiro Testamento, que apontam para o tema da contemplação do Criador na grandeza e beleza de suas criaturas. Do Primeiro Testamento, o Papa toma o texto de Sb 13,5, que se encontra na perícope de Sb 13,1-9. Embora tal perícope traduza a crítica do autor sagrado à vã idolatria das criaturas em lugar do Criador, o v.5 enuncia um princípio positivo, aquele da “analogia” ou “proporção” (ἀναλόγως) pelo qual, através da contemplação das criaturas, pode-se chegar à contemplação do próprio Criador (γενεσιουργός). O objetivo deste artigo é apresentar uma breve exegese do texto de Sb 13,1-9, detendo-se, de modo particular, no v.5 e seu sentido no contexto da Encíclica Laudato Si’.