Por uma Educação Geográfica Plural: o pensamento espacial na Base Nacional Comum Curricular e as disputas em torno do sentido de Geografia
Resumo
Partindo do pressuposto básico de que a política curricular é um campo de disputa de diferentes discursos pela hegemonização de um dado sentido de educação, o presente artigo dedica-se a problematizar o papel de ponto nodal que o pensamento espacial assume na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao lançarmos mão do arcabouço teórico da teoria de discurso e do pensamento decolonial defendemos a hipótese que, se por um lado há uma operação que promove o fechamento dos sentidos de geografia em torno da noção de pensamento espacial, por outro lado, nega-se a possibilidade de um ensino geográfico plural, aberto a diferentes vozes e possibilidades a partir das práticas dos professores e das professoras.
Palavras-chaves: Ensino de Geografia. Pensamento Espacial. Teoria do Discurso. Pensamento Decolonial
Abstract
Based on the assumption thar curriculum policy is a field of dispute between different discourses for the hegemony of a given meaning of education, this article is dedicated to the problematizing the role of nodal point thar spatial thinking assumes in the National Common Curricular Base (BNCC). By making use of the theoretical framework of discourse theory and decolonial thinking, we defend the hypothesis thar, if on the one hand there is an operation that promotes the closure of the meanings of geography around the notion of spatial thinking, on the other hand, it refuses to possibility of plural geography teaching that is open to different voices and possibilities from the teacher’s practices.
Key words: Geography teaching. Spatial Thinking. Discourse Theory. Decolonial Thinking
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